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estudos

03/10/2018

Sinais do Fim e a segunda vinda de cristo

1. Introdução:
Falar sobre o fim do mundo é algo que mete medo em muita gente. Esse assunto é usado para amedrontar e se aproveitar dos fiéis.
Apocalipse (revelação), Parousia (vinda ou presença), Escatologia (ensino que trata dos tempos do fim) são termos usados para se referir ao fim do mundo.
Logo a maioria das pessoas lembram de destruição, sofrimento, coisas extraordinárias e más.
Mas afinal, será que é isso mesmo? Qual o objetivo dessas revelações apocalípticas? E quem são os personagens (o Agente e os participantes)?

2. Desenvolvimento: Os sinais do Fim

a) Especialmente em Mt 24, Mc 13 e Lc 21 há um relato semelhante desses eventos que ganha atenção do apóstolo Paulo em 2Ts 2. Deixaremos o livro do Apocalipse de lado em virtude do tempo, pois é um capítulo à parte e que realmente demanda mais tempo e atenção por sua riqueza de detalhes.
Vamos aos fatos:
Desde o princípio, os crentes do AT estão à espera: pela primeira vinda de Cristo – o Redentor Futuro – prometido por Deus em Gn 3.15 e agora, os crentes do NT esperam sua 2a vinda como foi prometido (At 1.11).
Desde o AT, esta é uma espera por perdão, restauração, derramamento do Espírito Santo, o Dia do Senhor como juízo sobre os ímpios e salvação para os crentes. O AT também fala em novos céus e nova terra.

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Portanto, sempre foi uma boa expectativa, até se falar em Apocalipse, onde apesar do conteúdo divino ser de boa expectativa, passou-se a ver o fim do mundo com grande terror.
b) Vamos ler inicialmente Mateus 24.1-14
Antes de considerar os sinais, é importante entender o seu propósito:
1o: O sinais do fim não são apenas eventos que acontecerão no futuro. Já apareceram no tempo dos apóstolos. Esses sinais serão cada vez mais intensos e por isso, a nossa postura deve ser de vigilância e oração, não de acomodação.
2o: Não podemos ficar calculando quando isso acontecerá. Já houve várias tentativas frustradas que geraram grande confusão e desespero. “Por exemplo, William Miller, fundador do movimento que produziu o Adventismo do Sétimo dia, concluiu que o retorno de Cristo ocorreria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Mais recentemente, Edgar Whisenant calculou o retorno de Cristo
para setembro de 1988, e ao revisar seus cálculos, disse que seria em 1989.” (Teologia para hoje 1 – Os tempos do Fim p. 24) Talvez o mais conhecido seja Harold Camping – apresentador de rádio que previu o fim do mundo para o período entre 21 de Maio e 21 de Outubro de 2011. Ambos estavam errados!!
3o: Observar os sinais tem um significado positivo, pois servem para lembrar do chamado de Deus à vigilância, vida santa e serviço a Cristo. Deus é o Agente!!
4o: Esses sinais não pertencem necessariamente à categoria do extraordinário e espetacular. São sinais do curso ordinário da história, são comuns e por isso se requer discernimento, especialmente no caso do que é extraordinário, como sinais e prodígios/milagres.
c) Mas, vamos aos sinais! Não há, necessariamente, uma ordem cronológica de acontecimentos. Por isso, estudaremos esses sinais em grupos:

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*Pregação do evangelho: esse é, sem dúvida, o sinal mais importante de todos porque aponta para a constante missão da Igreja de Cristo que promove a salvação das pessoas – CRISTO PARA TODOS. LER: Mt 24.14
*Guerras, terremotos, fome, peste e sinais nos céus: indicam julgamento divino. Isso não significa que as pessoas que sofrem tais desastres são necessariamente o alvo da ira de Deus, mas mostram que o mundo em pecado está sob a ira de Deus. As consequências do pecado e ações pecaminosas recaem sobre todos, bons e maus, justos e injustos (ex.: corrupção política). São sinais que apontam para a urgência de arrependimento e conversão. Sempre houve esses sinais que serão mais intensos à medida que nos aproximamos da volta de Cristo.
Os cristãos são encorajados a considerar esses sinais como “as primeiras dores” (Mt 24.8) de um mundo novo e melhor que está por vir.
Em meio a todos esses sofrimentos, quem são os cristãos? São os personagens principais, alvos do amor, conforto e proteção divinos. Nisso, não há motivos para medo: O Senhor é o meu Pastor! (Sl 23.1)
*Oposição a Deus e ao seu reino: tribulação, apostasia e o Anticristo.
Igualmente, estes sinais de tribulação se aplicam a todo o período entre as duas vindas de Cristo. Israel já experimentou sofrimento como povo de Deus e assim também a Igreja de Cristo não deve esperar algo diferente. A tribulação será intensificada mais perto da volta de Cristo.
Inclusive, Jesus encorajou sua Igreja: LER Lucas 21.28; João 16.33.
Esse encorajamento é importante para se evitar a apostasia, pois muitos cristãos, ao passarem pelas tribulações negarão a fé em Cristo para escapar do sofrimento. Esta é uma decisão insensata, pois escaparão do sofrimento terreno mas não do sofrimento e condenação eternas. Negar a fé é uma autodestruição.

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A oposição a Deus é marcada pelo sinal do Anticristo. Esse termo aparece nas epístolas de João e significa contra Cristo ou em lugar de Cristo (por isso, oposição, oponente).
Todos os falsos cristos e falsos profetas que ensinam contrariamente à Palavra de Deus são oponentes a Cristo e portanto, anticristos.
As Escrituras falam também de um Anticristo. (Dn 7; 11.36-45; Ap 17-18) LER Mt 24.15 e Dn 9.27; 11.31; 12.1,11. (“grande terror” ou “abominável da desolação”). O profeta Daniel refere-se àquele que profana o templo e toma o lugar de Deus/Cristo. Vejam que não é, necessariamente, um sinal dos últimos tempos, mas algo que já aconteceu e acontecerá de novo. Na opinião da maioria dos estudiosos, este Anticristo foi prefigurado por Antíoco Epifânio que profanou o templo de Jerusalém dedicando-o a Zeus, edificando um altar pagão no lugar do altar de holocausto do templo. Isso aconteceu em 167-164 a.C.
Esse Anticristo também é prefigurado pelos exércitos romanos que adoravam o imperador, que profanaram e destruíram o templo de Jerusalém em 70 A.D.
Notem que é algo não somente dos tempos do fim, mas isso já é uma realidade que se intensificará próximo à volta de Cristo.
LER 2Ts 2.1-12 – essa profanação e perseguição à Igreja se intensificará mais perto do fim do mundo e da volta de Cristo.
O Anticristo não é o próprio Satanás, mas age segundo a eficácia de Satanás, se exibe como se fosse Deus e toma o lugar de Deus no templo. Inclusive, tem uma vinda para imitar a vinda de Cristo (2Ts 2.8-9). Não há uma guerra de igual força entre Deus e o inimigo (Diabo), pois o inimigo será destruído completamente na volta de Cristo.
O apocalipse de João também descreve esta perseguição final à Igreja numa linguagem simbólica (9.13-19; 11.7-10). Há um “pouco de tempo” em que Satanás reunirá o mundo anticristão numa tentativa de destruir a Igreja e impedi-la de

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Pregar o evangelho (Ap 20.7-9). O assalto final de Satanás é simbolicamente chamado de batalha de Armagedom (uma expressão que pode estar se referindo às famosas batalhas que aconteceram no monte de Megido, no AT).
Como o Apocalipse tem linguagem simbólica, não podemos encarrar isso como uma guerra mundial no Oriente Médio, como alguns pensam e ensinam. Mas é uma batalha em que o Apocalipse registra em 16.6, 19.11-21, 20.9-10 como a vitória de Cristo sobre seus inimigos. Os números também são simbólicos e não representam necessariamente 3,5 ou 7 anos, mas um tempo limitado. Pelo que está
acontecendo no mundo quanto à perseguição aos cristãos, podemos acreditar que esse tempo já começou e ainda será intensificado.

3. Desenvolvimento: O 2o advento de Cristo.
No calendário da Igreja, temos o período da Epifania que significa manifestação. A segunda vinda de Cristo será uma manifestação magnífica que as Escrituras ensinam da seguinte maneira:
*Cristo virá visivelmente e todos os povos o verão (At 1.1-11; Ap 1.7)
*Voltará em glória na companhia do exército de anjos LER Mt 24.29-31
*Haverá ressurreição corporal de todos os mortos, sendo os crentes para a salvação e os descrentes para a condenação (Jo 5.27-29; Ap 20.11-15). Os crentes serão “arrebatados” para o encontro com o Senhor nos ares (1Ts 4.13-17) e a morte será destruída (Ap 20.14).
*Cristo julgará todas as pessoas, vivos e mortos (Mt 25.31-46); Satanás e o Anticristo serão destruídos (2Ts 2.8; Ap 20.10).
*Serão criados “os novos Céus e a nova Terra” (2Pe 3.10-13).

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4. Conclusão: Quando será?
Atos 1.6-7: Certa vez, os apóstolos estavam reunidos com Jesus. Então lhe perguntaram: — É agora que o senhor vai devolver o Reino para o povo de Israel? Jesus respondeu: Não cabe a vocês saber a ocasião ou o dia que o Pai marcou com a sua própria autoridade.
2Pedro 3.9: O Senhor não demora a fazer o que prometeu, como alguns pensam. Pelo contrário, ele tem paciência com vocês porque não quer que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam dos seus pecados.
O propósito do ensino dos sinais e do segundo advento de Cristo é muito prático: que creiamos no evangelhos, tenhamos uma vida temente a Deus e serviço a ele, esperando o último dia com paciência e fé.
Ele é o Agente – o nosso Deus e Salvador! Nós somos o seu povo que será reunido e salvo.

Observação: Falamos há pouco sobre arrebatamento. Vocês sabem o que é isso? Viram aquela novela Apocalipse da Record que mostrou o arrebatamento?
Então, não percam o próximo encontro onde trataremos sobre esse assunto:
“Ressurreição do corpo: arrebatamento e juízo final”.

Bibliografia básica:
*Os tempos do Fim – Um estudo sobre a escatologia e milenarismo (Série Teologia
para hoje 1) – Concórdia Editora http://www.editoraconcordia.com.br

 

Estudo sobre Sinais do Fim e a Segunda Vinda de Cristo